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sábado, 13 de agosto de 2011

Pra cima, El Morro! (por @juleoncap)

FALA, CORAÇÃO!

O nosso querido Furacão demonstrou uma grande carência no ataque desde o começo do ano, o que trouxe muita preocupação a todos nós. Em busca de solução, vários atacantes vieram e não conseguiram se firmar. Eis que, após várias investidas relativamente baratas, nossos dirigentes passaram a pensar mais alto e trouxeram a peso, de ouro o uruguaio Santiago Garcia, mais conhecido como “El Morro”.

Por óbvio as expectativas geradas em cima do valorizado gringo foram enormes, não só pelo preço, mas também pela já citada falta de ataque de qualidade que tanto incomodava. Diante de tais circunstâncias, o anseio pela sua estréia e o desejo pela sua regularidade foram temas corriqueiros nas discussões entre os torcedores.

Foram necessárias três partidas para o atacante marcar seus gols. Sim, gols, foram dois contra o Botafogo, no nosso Caldeirão. Suspiros, alívio. A torcida sentiu a leveza de talvez realmente ter encontrado aquele jogador com faro de gol que tanto aguardava.

Ocorre que nos últimos jogos “El Morro” não conseguiu repetir o desempenho da referida partida, o que tem causado certo desespero em parte da torcida. Infelizmente temos nos deparado com torcedores criticando a qualquer custo o uruguaio, enchendo a nossa trajetória de pessimismo e precipitando conclusões sobre um jogador estrangeiro que ainda nem teve tempo de se adaptar totalmente ao futebol brasileiro. Uma lástima, vez que é notável que a bola não está chegando nele com condições adequadas para conseguir finalizar bem. Podem falar sobre os gols perdidos, mas qualquer atacante perde gol, não sendo esse um motivo forte o suficiente para desdenhar o García.

Basta reparar: o uruguaio luta o jogo inteiro, tentando até mesmo buscar a bola que por muitas vezes não chega até ele. O que falta é analisar o jogo como um contexto, pois futebol é coletivo. Para o ataque render, o meio tem que trabalhar e a zaga tem que segurar. Incoerente é analisar o atacante apenas pelos gols quando se tem mais questões envolvidas, tais como a adaptação, a criação da equipe como um todo, entre outras.

Por isso peço paciência, compreensão e apoio. Não é apenas um discurso batido, mas algo para ser refletido e analisado com inteligência. Santiago García já mostrou que tem capacidade e vontade de nos mostrar isso. Vamos deixar o rapaz trabalhar? Pouco tempo correu contra ele. Ainda é cedo, muito cedo.

PRA CIMA, EL MORRO!

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