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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Volta Meu Querido Furacão

Finalmente chegou minha vez, minha primeira coluna do ano e já estou sem inspiração? Pode isso Arnaldo?

Estou contente por poder escrever aqui neste espaço, pois através dele alguns de meus sentimentos são mais bem compreendidos pelos leitores, portanto vamos lá!

Certame Chevetão Paranaense rolando já a algumas rodadas e já esbarramos em velhos problemas, o de não saber administrar resultados e nem “matar” o jogo quando há oportunidade. Velhos problemas que esperamos que a nova gestão consiga se não solucionar, pelo menos minimizar este calo. Lembro claramente de times do Furacão que eram incansáveis, oras perdendo entregavam-se integralmente para buscar a reversão do resultado, oras mesmo vencendo continuavam numa constante para cima do adversário não dando poder de reação alguma para eles. Quantas goleadas assim presenciamos? Quantos resultados revertemos mesmo faltando pouco tempo? 

Pois é! Há muito não tenho o prazer de sentir isso em meu peito, aquela emoção de ver seu Clube do coração respondendo em campo todo o comprometimento e dedicação proveniente das arquibancadas. Há quanto tempo não tenho vizinhos reclamando comigo de tanto gritar Gol e fazer festa a cada bola na rede. Momentos mágicos que eu sinto falta, e tenho certeza que você também sente, pois as lembranças de um time aguerrido desta forma só não são esquecidas por completo pelo poder de seus feitos.

Queria eu poder sentir novamente a adrenalina correndo em minhas veias, não aquela que sentimos a todo jogo ultimamente, aquela adrenalina gerada por tensão, e sim aquela gerada por contentamento, satisfação!

Volta Furacão, volta as suas origens, volta a conter as qualidades do que te fizeram ser conhecido por Furacão, que nada pode impedir senão suas próprias forças, que destrói em instantes e de forma avassaladora o que poderia ser reconhecido como indestrutível. Quero te ver jogar como antes, com garra, com raça. Se assim cantamos, não é por mero costume, é porque sentimos a necessidade incontrolável de sermos representados dentro de campo. Se ali em campo estivéssemos mesmo com nossas limitações técnicas, limitações estas que muitos de vocês têm, nos entregaríamos e nos sentiríamos honrados por defender o manto.


Sentimentos de saudades hoje permeiam nossos corações, saudade de times que não podemos recordar com nossos próprios registros, pois nossa retina não teve a felicidade de captar, mas sentimos saudades de um Furacão de 49 que mesmo não vendo jogar, sentimos orgulho pelo que representam e pelas suas conquistas (descansem em paz, Nillo e Cireno).

Um futebol capitalista tem formado atletas sem identidade, sem respeito e ignorantes, pois seu descaso com o time que defendem é sua própria destruição. Um profissional de sucesso jamais chega a seu ápice se não por comprometimento e gratidão por onde passou em sua jornada. Lembro-me da emoção que senti ao ouvir ídolos como Galalau, Alex Lopes, Sicupira e outros dizendo que por vezes pagavam para jogar, andavam quilômetros a pé para poder ir aos treinos, mas que em campo sentiam orgulho de vestir o manto do Furacão.

Voltem, voltem as suas origens! Entendemos que a realidade de hoje é diferente, mas é diferente para melhor, vocês são reconhecidos pelo dom que receberam gratuitamente, e mesmo assim ainda fazem pouco caso.

Volta Meu Querido Furacão.

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