Finalmente chegou minha vez, minha primeira coluna do ano e
já estou sem inspiração? Pode isso Arnaldo?
Estou contente por poder escrever aqui neste espaço, pois
através dele alguns de meus sentimentos são mais bem compreendidos pelos
leitores, portanto vamos lá!
Certame Chevetão Paranaense rolando já a algumas rodadas e já
esbarramos em velhos problemas, o de não saber administrar resultados e nem “matar”
o jogo quando há oportunidade. Velhos problemas que esperamos que a nova gestão
consiga se não solucionar, pelo menos minimizar este calo. Lembro claramente de
times do Furacão que eram incansáveis, oras perdendo entregavam-se
integralmente para buscar a reversão do resultado, oras mesmo vencendo
continuavam numa constante para cima do adversário não dando poder de reação
alguma para eles. Quantas goleadas assim presenciamos? Quantos resultados
revertemos mesmo faltando pouco tempo?
Pois é! Há muito não tenho o prazer de
sentir isso em meu peito, aquela emoção de ver seu Clube do coração respondendo
em campo todo o comprometimento e dedicação proveniente das arquibancadas. Há
quanto tempo não tenho vizinhos reclamando comigo de tanto gritar Gol e fazer
festa a cada bola na rede. Momentos mágicos que eu sinto falta, e tenho certeza
que você também sente, pois as lembranças de um time aguerrido desta forma só
não são esquecidas por completo pelo poder de seus feitos.
Queria eu poder sentir novamente a adrenalina correndo em
minhas veias, não aquela que sentimos a todo jogo ultimamente, aquela
adrenalina gerada por tensão, e sim aquela gerada por contentamento,
satisfação!
Volta Furacão, volta as suas origens, volta a conter as
qualidades do que te fizeram ser conhecido por Furacão, que nada pode impedir
senão suas próprias forças, que destrói em instantes e de forma avassaladora o
que poderia ser reconhecido como indestrutível. Quero te ver jogar como antes,
com garra, com raça. Se assim cantamos, não é por mero costume, é porque
sentimos a necessidade incontrolável de sermos representados dentro de
campo. Se ali em campo estivéssemos mesmo com nossas limitações técnicas,
limitações estas que muitos de vocês têm, nos entregaríamos e nos sentiríamos
honrados por defender o manto.
Sentimentos de saudades hoje permeiam nossos corações,
saudade de times que não podemos recordar com nossos próprios registros, pois
nossa retina não teve a felicidade de captar, mas sentimos saudades de um
Furacão de 49 que mesmo não vendo jogar, sentimos orgulho pelo que representam
e pelas suas conquistas (descansem em paz, Nillo e Cireno).
Um futebol capitalista tem formado atletas sem identidade,
sem respeito e ignorantes, pois seu descaso com o time que defendem é sua
própria destruição. Um profissional de sucesso jamais chega a seu ápice se não
por comprometimento e gratidão por onde passou em sua jornada. Lembro-me da
emoção que senti ao ouvir ídolos como Galalau, Alex Lopes, Sicupira e outros
dizendo que por vezes pagavam para jogar, andavam quilômetros a pé para poder
ir aos treinos, mas que em campo sentiam orgulho de vestir o manto do Furacão.
Voltem, voltem as suas origens! Entendemos que a realidade
de hoje é diferente, mas é diferente para melhor, vocês são reconhecidos pelo
dom que receberam gratuitamente, e mesmo assim ainda fazem pouco caso.
Volta Meu Querido Furacão.
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