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terça-feira, 19 de julho de 2011

A Consciência política (por: @vivi_stars)

A consciência política

Ano eleitoral. Está aí um momento que até alguns anos atrás em nada diferenciava para o torcedor atleticano. O Clube tinha uma administração sólida, eficaz e que se mantinha ano após ano, de forma intocável.

Até as últimas eleições em dezembro de 2008. Foi quando o panorama mudou. Duas chapas candidatas e o torcedor teria que escolher qual o melhor para o Clube. Votar com a consciência de que a maioria iria escolher o destino do CAP.

Foram pouco mais de 3mil sócios que tiveram direito de voto, de acordo com o Estatuto vigente. E estes foram até as urnas, para o que chamamos de primeiro “bate-chapa” da história do Clube Atlético Paranaense.

Este momento foi fundamental na vida do Clube: despertou a consciência política nos torcedores. Manteve sócios fiéis (mesmo aqueles que não votaram neste primeiro momento) sabendo que poderão envolver-se no destino do Clube: votar e ser votado.

Não cabe aqui, falarmos sobre o Estatuto  – o qual todos tem acesso no site oficial -  mas sim falar sobre como a política regeu nosso Atlético nos últimos tempos.

Hoje quero me ater a um fato - que tem relação com este amadurecimento político da torcida -  ocorrido na última semana: a manifestação pró renúncia.

Não houve rubro negro que não falasse dela: seja para apoiar ou criticar, para depreciar ou enaltecer. Não houve quem não estivesse, de alguma forma, envolvido nessa manifestação, que uniu diversos movimentos em um objetivo comum: lutar pela  melhoria na gestão do Clube. Lutar pela substituição do que tem sido, para grande maioria, ineficiente.

Isto é uma verdadeira demonstração de maturidade política. Demonstração que a torcida tem dado de que sabe do poder de mudar e influenciar nos rumos do seu Clube do coração. Maturidade tamanha, a ponto de tecer elogios ao que antes era criticado ferrenhamente.

O contra-ponto, o contra-senso, a diferença dos perfis, dos planejamentos, dos resultados. Precisou-se chegar ao limite do aceitável para que muitos percebessem que muitas das críticas feitas antes eram valoradas de forma pessoal: motivadas por comportamentos e por temperamentos vindos da cúpula que regia o Clube.

Mas, espera aí: torcida não tem que querer afagos, simpatia e complacência. Torcida tem que querer o bem do Clube, sempre. Aqui enfatizo a TOF que se posicionou muito bem quanto a isso: se for pelo bem do Clube Atlético Paranaense aceitamos o que vier. Precisamos retomar nosso lugar de destaque nacional! Nem que seja a duras penas: com soco na mesa, cara feia, regras rígidas. Não importa, desde que exista pulso firme.

Eu não quero ter um Clube simpático a todos. Prefiro ele carrancudo e aguerrido mas que demonstre competitividade e raça. E pelo que percebi nos últimos dias, muitos compartilham desse pensamento...


4 comentários:

  1. Acho que precisa sim de alguém que mande e desmande agradando ou desagradando, esta hisória de muita politicagem onde todos dão pitacos, não funciona. Taí o Paraná Clube como prova era o clube mais rico da capital nas decadas de 90, e cada um levou um pouco olhem onde está. Não tiremos os méritos do MM, mas já deu... ele deve entregar!!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Refazendo meu comentário que, por alguma bobeira, deletei...
    Henrique, você me fez lembrar de uma máxima que eu já acreditava mas que passei a defender depois da experiência que vivi no Paraná Clube: democracia tem hora e tem lugar e não é uma gestão de Clube de futebol!
    Para tomada de certas decisões é necessário um mandatário de voz firme e coragem de arriscar-se...

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  4. No alvo. O que está passando hoje no CAP é pura falta de comando/pulso e o pior é que falta dele no comando do clube/futebol é que está nos levando pro buraco. Tenho profundo respeito e admiração pelo Petráglia e digo que errou muito no final da sua administração, só que sua capacidade e visão lhe dão tantos créditos que o que fez de errado torna-se insignificante, na minha opinião.
    Bj Vivi

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