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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Um grupo está para se formar (por @EltonStadler)

Foto: Furacao.com
Ontem nas dependências da Arena da Baixada tive a maravilhosa oportunidade de conhecer um ídolo, Alex Lopes volante que marcou história no Atlético jogando em um dos times mais marcantes da história atleticana, e um dos principais responsáveis por aquele time formado por Oséias, Paulo Rink, Alberto, Leomar e Ricardo Pinto fazer história. Comparando com os dias de hoje ele seria o Leão Deivid, não é a toa que adquiriu o apelido de "Rei da Raça". Hoje recontratado pelo Atlético para ser observador técnico, falou do orgulho que é novamente ter sua carteira de trabalho assinada pelo time do coração.

Foto: Elton Stadler
O evento organizado pelo @circulohistoria, proporcionou além de alguns deleites através da recente história, algumas boas risadas, puxadas pelo excelente humor e descontração do volante. Algumas histórias somente agora reveladas dos bastidores da época de nossa estrela prateada, foram contadas e nos deram uma enorme noção da união do grupo. Aproveitando a ocasião, perguntei o que faltaria para o grupo atual ter a mesma união, já que o que demonstram é total falta de entrosamento, parceria e união. Alex foi categórico em responder "O que é preciso é exatamente o que esta acontecendo neste momento" - fazendo menção ao período de concentração da equipe no CT do Cajú - Disse que na época dele treinavam períodos integrais, e mesmo não estando concentrados, cada dia da semana se reuniam na casa de um dos jogadores "Menos na casa do Oséias, porque ele morava num casebre - risos - aqui pra baixo, porém nós sempre emprestávamos uma casa pra ele..." Hoje presente no dia a dia do Atlético, disse que os jogadores, ou melhor, atletas atuais (justificando que hoje devem ser chamado de atletas por ter de atuar em alto nível para poderem ser competitivos) só querem treinar meio período, e alguns casos pontuais ainda dizem que estão ferrados por terem de ficar concentrados, mostrando o bom profissional que é, não citou o nome da figura que disse isso.

Comentou que só começou a ganhar dinheiro após os 26 anos de idade, já que os "pratas da casa" eram totalmente desvalorizados, e que tinham de mostrar o dobro de eficiência para conseguir um espaço no time, "hoje os muleques começam a ganhar dinheiro aos 17 anos, e mesmo assim ainda não querem treinar..."

Foto: Franklin de Freitas
Um dos melhores episódios de ontem, com toda a certeza foi sua declaração sobre a conversa que teve com Deivid antes do jogo contra o Santos, com instruções de como marcar o Neymar. "Primeiramente Deivid, pega uma ripa, e deixa ela escondidinha com você... quando ninguém estiver olhando, dá uma ripada nas costas dele pra ele não esquecer mais" dizendo isso para descontrair a conversa começou a falar sério com o garoto "converse com todo o elenco, e absolutamente não deixe ninguém marcar o Neymar, você é o cara que vai marcar ele, se alguém chegar perto de você, toque ele de perto. Você e só você vai marcar ele, porque se alguém vier te ajudar, o Neymar passará entre vocês". Consequência da chuva? das dicas do Alex? ou simplesmente a qualidade do nosso atual volante? O fato é que Neymar foi simplesmente anulado pelo nosso novo guerreiro.

Expôs sua satisfação em conhecer tanto o ex-Presidente Petraglia, quanto o atual Malucelli, agradeceu à tudo que conquistou com a ajuda do MCP, e também a Malucelli por aceitar a indicação feita por Paulo Rink para que o Alex fosse o novo observador técnico do CAP.

Perguntei também se para ele como jogadores que jogou na Arena em seus melhores tempos, tanto à favor como contra o Furacão, se torcida ganha jogo. "Com toda a certeza" disse ele, não é o fator mais decisivo, mas desequilibra sim, e ouvir a torcida te empurrando, não há nada igual... assim como ela pode perder um jogo também, a pressão dentro da Arena é enorme.

Questionado sobre a garra nos ATLETIbas atuais, disse que há um movimento interno já, motivado por ele e Paulo Rink para mostrar aos atuais atletas o que é este clássico, e porque até hoje ele não suporta o time verde, comentou inclusive que em clássicos ele não trocaria a camisa de maneira alguma, pois ele não ousaria tocar nem com a ponta dos dedos numa camisa daquelas. Questionado também sobre a polêmica de ter vendido um jogo, ele disse: "Não havia dinheiro no mundo que pudesse me comprar para aquele time" Inclusive comentou sobre um episódio onde todos os jogadores fizeram uma vaquinha com os "bichos" recebidos e enviaram ao Mogi-Mirim para que ganhassem do coxa, e assim aconteceu., com o CAP subindo com 2 rodadas de antecedência naquele ano.

Com tanto humor e amor ao Atlético, ele encerrou a entrevista com uma declaração, "terminaremos a competição à frente do Coxa, se por acaso cairmos, eles também cairão"

Uma satisfação enorme, foi conhecer este ídolo e compartilhar aqui com vocês.

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