Eu chorei. (Por @MariSawczuk)

O mundo desabou em chuva e em lágrimas em Uberlândia.

Viagem longa e cansativa, uma carreata com 11 ônibus saiu de Curitiba em direção a Minas Gerais para apoiar o Furacão.

Todos animados, mesmo com a canseira, mas felizes por estar mais uma vez junto com o Atlético.

Chegando no estádio, faltando 10 minutos para começar o jogo, corri para ver meu time entrar em campo, para poder estar junto os 90 minutos.

Mas esses 90 minutos que valiam a minha vida foram desesperadores.

Por um período o Atlético chegou a estar rebaixado, debaixo de muita chuva eu sentei e chorei.

Um choro compulsivo e verdadeiro, um choro de quem quer apagar da memória esse ano terrível, mas como Rubro Negro é quem tem raça eu me levantei e vibrei. Cantei mais alto, ergui a voz, berrei o hino, tremulei a bandeira, e aumentei meu orgulho de ser atleticano.

Somando ida e volta, foram mais de 25 horas de estrada, não me arrependo, faria tudo de novo, pois esse capitulo da história do Atlético eu sei contar porque vivi.

A matemática ainda nos mantém com chances, ainda podemos respirar, o pulso ainda pulsa, lentamente mais pulsa.

Precisamos vencer e de algumas combinações de resultados, mas eu não irei me render.

Nossa vida será decidida contra o Coxa, nosso maior e mais odiado rival. Jogo na Baixada, lugar que várias vezes fomos felizes, e seremos mais uma vez.

O Atlético tem agora 90 minutos pra selar sua história nesse ano, tem que ter fé em Nossa Senhora de Salete (padroeira do time) para que os outros resultados aconteçam.

Domingo em Uberlândia eu vi meu Atlético sentar, porque se engana quem pensa que meu Furacão irá cair.

Pode sentar para descansar um pouco de sua jornada, mas quando levantar, será para conquistar tudo sem dó nem piedade.

Vai Atlético, nessa e em todas as outras campanhas eu estarei junto contigo, pois você me legou um sangue forte.

PS: Desabafo de uma torcedora que não aguenta mais sofrer, mas vê seu amor pelo Atlético Paranaense aumentar a cada amanhecer de um novo dia.