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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Várias Sensações (por: @GiulianoAlmeida)

Uma tarde diferente, com várias sensações...

Bom, pra quem não me conhece, eu tenho dois filhos, uma menina de quase cinco anos e um menino de quase três. Minha filha já foi varias vezes comigo na Baixada ver o Querido Furacão, mas meu filho, ainda não tinha ido ver um jogo.

Final do ano passado prometi a ele que assim que começasse o Certame Paranaense, eu o levaria. Enfim, nos primeiros jogos fora de Curitiba não o consegui levar, mas ontem, ontem fomos ao Janguito, ou como queiram, Eco-Estádio.

Desde que acertamos em jogar lá, eu falei pra ele. Que ansioso corria pela casa gritando: Uh Janguitão, Uh Janguitão...

Eu feliz por isso, ansioso pelo jogo... enfim, coisas que todo atleticano sabe.

Dia quente em Curitiba, muito, mas muito sol. Mais de 3500 atleticanos se deslocaram para o Barigui. O sol castigava todo mundo, pouca sombra, o Janguito é uma “aventura” como destacaram no Twitter ontem.

Mas meu filho e eu estávamos lá. Encontramos os amigos, entramos cedo no estádio, vimos o time aquecer, depois entrar em campo pra festa da torcida que mais enche estádio neste estado.

O Atlético fez um bom jogo, perdeu muitos gols, erramos muitos passes, mas estamos melhorando a cada dia, defesa segura, invicta e um matador, sim, temos um matador e Bruno Mineiro é o nome dele.

Enfim, a quarta-feira foi de varias sensações...

Quando o time esfriou em campo, meu filho também cansou no barranco, opa, eu quis dizer nas arquibancadas do Janguito e me pedia: “Pai, quero ir jogar...”.

Enfim, goleamos o Roma e conseguimos a 4ª vitória no campeonato.

Mas, a tarde de várias sensações, terminou triste. Um Atleticano foi atropelado na rodovia, ao tentar atravessá-la.

Me fez pensar...

Um dia especial e inesquecível pra mim. Meu filho e eu juntos num estádio de futebol, com camisas iguais, felizes, emocionados, enfim, novidade pra ele, alegria pra mim. Sim, o Giu que é doente pelo Atlético, ontem prestou atenção em cada detalhe do pequeno Francisco ora batendo palma, ora fazendo coração com as mãos, querendo ir pegar a caveira, querendo jogar, enfim, pais sabem o que estou falando...

Mas, do que vale a vida? Do que vale o amor pelo nosso clube de coração? De que vale tanto sacrifício?

Alegria e tristeza no mesmo dia, na mesma tarde.

Dia inesquecível, por dois motivos, um triste e outro alegre.

Não sei de quem é a culpa, não sei quem estava certo ou errado, não sei e não consegui pensar nisso. Fiz minhas orações, pela família e amigos do André que perdeu sua vida para ver o Atlético... amor incondicional.

Este ocorrido, só me faz fortalecer a minha tese:

Ninguém é por nós, mas nós torcedores somos pelo Atlético.

Poxa, cadê a segurança?

Enfim, não vou ficar aqui batendo na mesma tecla, esta nas redes sociais esta discussão que acho justa. Só acho que ninguém se importou com o torcedor, nos levando a jogar num estádio precário e sem nenhum padrão de segurança na entrada e saída do estádio.

Enfim, pelo que da pra entender é que: “cada um por si e Deus por todos”, assim pensam os de terninho.

Neste dia de várias sensações...

Eu vi um pai bobo, feliz por levar seu filho pela primeira vez num estádio e sorriu quando ele falou: ui pai, é verde este banco, eu não vou sentar aqui não...

Eu vi um time leve, alegre e em formação golear o pobre do Roma de Apucarana...

Eu vi um artilheiro que não servia, agora dar conta do recado...

Eu vi a torcida do Atlético bater mais um recorde de publico nos estádios do Estado do Paraná...

Eu vi a tristeza e comoção da torcida atleticana pela perda de um amigo na saída do jogo...

Enfim, como diria a canção:

Se chorei ou se sorri, o importante que emoções eu vivi...

Que Deus abençoe e conforte a família e amigos do Atleticano André Lopes!

Um comentário:

  1. Giu... eu saí do estádio tão feliz com minha camisa nova, afinal nunca tinha sido sorteada antes, fui fazer um lanchinho no shopping e quando fui entrar no carro ouvi umas conversas sobre o acidente, na hora não me pareceu sério... qnd acabou a voz do Brasil o porto deu a noticia trágica! Todo o resto perdeu a cor e, msm sem conhecer o moço, a dor se instalou. Muito bom o texto... parabéns!

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